Noronha é pioneira em inclusão de risco geológico em Sistema de Gestão de segurança de uso turístico.
Na última semana, foi realizada mais uma etapa de levantamento de perigos e riscos das áreas de visitação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. O trabalho faz parte do desenvolvimento do Sistema de Gestão de Segurança (SGS) para uso turístico da Econoronha, concessionária do Parque.
Entre as ações, foi realizada a observação de pontos de risco de queda de pedras e blocos rochosos em trilhas e mirantes. A geóloga Joana Sanchez, responsável pelo desenvolvimento do protocolo dessa área, explica que é a primeira vez no Brasil que o risco geológico é incluído na implementação de um SGS de uso turístico. “Estamos utilizando Fernando de Noronha e Capitólio, em Minas Gerais, como modelos para criar uma metodologia de avaliação da geologia, que servirá para todo o Brasil, ou até mesmo para outros países”, explica a profissional.
Medidas de prevenção de acidentes geológicos na ilha já foram tomadas a partir de visitas e avaliações no ano passado, como o uso de capacetes em parte da trilha que leva à Baía dos Porcos. Nesta etapa, além das atividades de avaliação, foram realizadas intervenções na Praia do Sancho, Baía dos Porcos e Abreu para reduzir riscos, levando em consideração o patrimônio geológico.
Sistema de Gestão de Segurança
Em Fernando de Noronha o SGS está sendo realizado pela empresa Vonát Consultoria sob a coordenação técnica dos consultores Pollyana Pugas e Ion David juntamente com a Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e conta com o apoio do ICMBio Noronha.
A implementação do SGS tem como base a Norma ABNT NBR ISO 21101 e trata-se de um conjunto de iniciativas e práticas com foco na gestão de riscos com o intuito de garantir objetivos de segurança, no caso de Fernando de Noronha, juntamente com a visitação realizada na ilha.
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