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Noronha participa do Congresso Nacional de trilhas

A intenção do grupo, formado por um agente ambiental, um corredor e dois condutores de turismo da Ilha é ampliar as opções de ecoturismo e turismo de esportes na Ilha.


Foto: Vithor Macedo

De 20 a 24 de setembro aconteceu o Congresso Brasileiro de Trilhas em Niterói (RJ) e os representantes das equipes do ICMBio Noronha, Associação de Condutores e Informações Turísticas de Fernando de Noronha (Acitur) e Associação de corredores da Ilha, participaram para incrementar o ecoturismo local.


O congresso foi organizado pela Rede Trilhas – uma entidade civil, sem fins lucrativos que conecta trilhas com governança, manutenção e estratégia próprias. A programação contou com informações expostas de 45 trilhas de longo curso existentes no Brasil, que vão servir de exemplo para que, em Noronha seja retomada a trilha de longa duração "Volta À Ilha", que já aconteceu em duas ocasiões, com duração média de dois dias. A intenção é que a trilha passe a ser um atrativo permanente, unindo Parque Nacional Marinho e APA - Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha.


Para Ademir Ventura, integrante de um grupo de corredores da Ilha, com a participação dos agentes locais foi importante porque Noronha pôde “fazer parte de um movimento único e grandioso de Conservação em Parques e agora vamos estar dentro de uma Rede onde teremos mais força e conseguiremos sensibilizar mais pessoas” – destaca. Ademir acredita que o ecoturismo de Noronha já estava conectado a esta rede, mas agora será possível fortalecer esse vínculo. Ele também destacou a ligação entre o ecoturismo e o turismo esportivo de Fernando de Noronha: “com a minha participação e o conhecimento de todas as trilhas iremos juntos - UC e usuários - mapear uma trilha de longa distância no nosso Parque e assim fazer parte deste grande movimento de Conservação.”


Rede Trilhas

A rede surgiu em 2018 como um agrupamento de voluntários dedicado a implementar, manter e apoiar o Governo na gestão das trilhas brasileiras. No âmbito do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, a tarefa tem sido propor, planejar, capacitar os parceiros (estados, municípios e sociedade civil), definir os traçados e implementar trilhas de longo curso em Unidades de Conservação das três esferas de governo. O site www.redetrilhas.org.br apresenta como cada ator desta rede age para a implementação do ecoturismo através das trilhas de longo curso: “Enquanto grupos de voluntários aguerridos, o ICMBio e as instituições gestoras de Parques estaduais e municipais implementam e fazem a manutenção dos traçados, cabe ao Ministério do Turismo coordenar o fomento à criação de uma rede de locais de pernoite e alimentação, com a respectiva organização de um sistema de transporte de bagagem entre cada pousada, além de capacitação, apoio à sinalização fora das áreas protegidas e informações completas de alimentação, transfer e aluguel de equipamentos.”


No último ano e meio, foram implementados 3.000 quilômetros de trilhas de longo curso no Brasil.

Conexão

As Trilha de Longo Curso são enormes corredores ecológicos que se transformam em ferramentas reconhecidas pela legislação brasileira para ampliar a conectividade entre áreas preservadas garantindo a manutenção da vida selvagem e na melhoria de indicadores ecológicos.

As trilhas que formam esta rede nacional têm uma identificação visual unificada, caracterizada pela marcação com desenho de uma pegada amarela e preta, contendo dentro o mapa do Brasil.

Para encontrar ou cadastrar uma trilha, ou ainda se inscrever para o programa de voluntariado na Rede acesse: www.redetrilhas.org.br


Por Clarissa Paiva - comunicação ICMBio Noronha



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