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Novas espécies de insetos são registradas em Fernando de Noronha

As moscas clusiídeas foram coletadas em armadilhas de interceptação de voo na trilha

Capim-Açu, próximo ao mirante da Baía dos Golfinhos e na trilha do Sancho.


Foto: acervo de José A. Rafael


Pela primeira vez, espécies da família Clusiidae (Diptera) são registradas na Ilha principal de Fernando de Noronha. A pesquisa de campo aconteceu de Junho de 2019 até fevereiro de 2020 e o artigo científico foi publicado no último mês, pelos pesquisadores José Albertino Rafael e Dayse Marques do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus e Francisco Limeira de Oliveira da UEMA - Universidade Estadual do Maranhão, Caxias, Maranhão. (Clique aqui)


Foto: acervo de José A. Rafael

Armadilha de insetos no Capim-Açu.

As moscas Clusiidae foram coletadas nas armadilhas de interceptação de voo montadas na trilha Capim-Açu, próximo ao mirante da Baía dos Golfinhos e na trilha Sancho. Rafael afirma que “Em Noronha, os insetos são uma riqueza pouco conhecida”, ele estima que há mais de mil espécies em todo o arquipélago e reforça o desejo de continuar com a pesquisa.


Entre as espécies novas, duas espécies foram especialmente nomeadas e descritas no contexto do Parque Nacional Marinho. Uma delas recebeu o nome Sobarocephala araujoi, em homenagem ao Chefe da Pesquisa do NGI Noronha, Ricardo Araújo. A segunda mosca recebeu o nome Sobarocephala icmbio, como reconhecimento ao trabalho do ICMBio na conservação em todo o território nacional. Esses nomes agora ficam eternizados na Zoologia e na história de Fernando de Noronha.


Fotos: acervo de José A. Rafael

Sobarocephala icmbio


Sobarocephala araujoi

















Antes do início da pesquisa em 2019, tinham apenas 180 espécies de insetos catalogadas em Noronha, atualmente, os registros zoológicos contam com aproximadamente 600 espécies de borboletas, mariposas, jacintas, moscas, mosquitos, baratas, besouros, gafanhotos, dentre outros.


O pesquisador ainda destaca a relevância da descoberta: “Na natureza, tudo interage. O simples fato de uma mosca pousar em uma folha (ver foto abaixo), ali a planta está dando local de repouso e a mosca fornecendo alimento à planta, por meios de suas fezes. Essa interação é importante para toda a base da cadeia trófica”.


Foto: acervo de José A. Rafael

Coleta ativa com rede entomológica na Pontinha Caieira.

Foto: acervo de José A. Rafael

Sobarocephala icmbio. Agrupamento de repouso noturno na face abaxial (inferior) de uma folha.


Por Mariana Macedo Botão - voluntária comunicação ICMBio Noronha







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